Bom já não chega… Bom já não chega…
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Bom já não chega…

Já não restam dúvidas que as regras do jogo mudaram…

A situação económica mundial está a sofrer profundas alterações há 6 anos, com falências de instituições de referência, recessão de vários sectores de atividade, risco de incumprimento de nações e campanhas concertadas de fragilização de divisas.

A questão global que resta é se estas mudanças vêm beneficiar ou prejudicar o panorama económico mundial.

A questão mais premente para as empresas, no entanto, não se prende com os impactos macroeconómicos e sim com o desenvolvimento do seu negócio no dia-a-dia. E temos visto milhares de empresas a crescerem nestes últimos anos, a contratarem mais colaboradores, a desenvolverem novas tecnologias e a investirem milhões no seu futuro, dando claros sinais de acreditar que ele será risonho.

Na base deste sucesso está uma mudança de paradigma que pode ser aproveitada por todos e que pode ser sumarizada pela troca de “profit-oriented” para “value-oriented”. As empresas que resistiram e prosperaram neste periodo tiveram este foco.

O que isto significa é que o sucesso está ligado com a capacidade de criar verdadeiro valor no cliente e não simplesmente no lucro. Obviamente que as empresas de sucesso querem ter lucro, a diferença é que o caminho para lá chegar está em criar clientes que sejam “raving fans”, desenvolvendo soluções que respondam de tal fomra às necessidades deles (que por vezes nem eles sabiam que tinham), que o preço passa para factor terciário.

Esta filosofia implica uma mudança profunda nos valores em que operam as organizações, pois conhecer, servir e superar as expectativas do cliente passa a ser a verdadeira fundação do sucesso duradouro.

Prevejo que durante os próximos anos empresas ineficientes e até mesmo boas continuem a fechar, pois neste momento o consumidor está mais atento, mais inteligente, mais sagaz e procura cada vez mais o excecional… Excecionalmente bom ou excecionalmente barato! Se a sua empresa está no meio… boa sorte e comece a procurar outro emprego.

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Fácil fazer, fácil não fazer…

Economia pode ser definida como a área do saber que estuda a relação entre os diversos agentes de uma sociedade.

Ao longo do tempo a sua importância tem crescido nas sociedades modernas, tendo sido apelidada de “ciência social”. Tal rótulo confere-lhe alguma distinção e também nos pretende fazer acreditar que as suas previsões e estudos são de uma forma geral precisos e realistas.

No estudo das várias disciplinas que compõe a economia fica-se normalmente com uma sensação dicotómica, pois muito embora as teorias sejam apoiadas por factos e observações escrupulosamente medidas e referenciadas, também compreendemos que a forma desprendida de emoções com que se tratam diversas temáticas faz com que as conclusões percam validade empírica.

Demasiadas vezes a Economia descura o “fator humano” na sua análise e previsão, e esse é um dos principais motivos pelos quais tantas vezes os economistas erram ao prever crescimentos ou recessões, acelerações ou abrandamentos de consumo e outras dinâmicas que dependem em grande parte de fatores psicossociais não assegurados pelos modelos econométricos.

Nesta longa narrativa que é Portugal, provámos isso mesmo, vencendo adversidades e obstáculos que pareciam intransponíveis e desperdiçando tempo e recursos, quando parecia certo o nosso desenvolvimento.

Apesar de todo esse percurso passado, só o AGORA conta e a questão que se põe a Portugal enquanto nação é semelhante à que se coloca a cada um de nós: O que é TU vais fazer?

Imaginem o seguinte cenário:

Cada português começa a investir melhor o seu tempo e a gerar individualmente resultados apenas 10% melhores… Pense no impacto que este pequeno incremento poderia ter no resultado global…

Melhorar a produtividade do tempo em 10% significaria para a generalidade das pessoas passar uma das horas do dia a trabalhar mais focados e orientados para um determinado resultado final…

Melhorar a criatividade em 10% poderia ser enviar mais 1 sugestão de melhoria de produtos, logística ou procedimentos administrativos, por mês (para alguns isto é um incremento de 100%).

Melhorar o grau de poupança em 10% pode traduzir em colocar de lado apenas mais 2€ por dia.

Claro que podíamos continuar a dar exemplos, sendo que o importante é começar. E neste ponto temos de ser autorregrados, pois cabe-nos, apenas a nós, assegurar que a nossa parte está a ser feita…

Com 10% a mais de PIB, quantos empréstimos podiam ser pagos, quantas pessoas ajudadas, quantos investimentos realizados?

Compromete-te hoje mesmo a fazeres os teus 10%, pois, mesmo que mais ninguém o faça, de certeza que vai ser bom para ti.

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Novo demais para a reforma, velho demais para trabalhar…

Já ouvi esta frase dezenas de vezes e cada vez a idade de que falam baixa. De igual forma, nas muitas palestras em universidades que dou, encontro muitos licenciados a dizerem-me que não conseguem oportunidades por não terem idade e experiência suficientes. Numa palestra há umas semanas, uma participante dizia: “Já tenho 30 anos… agora ninguém me quer”. Mas afinal, há alguma verdade na expressão ou não?

Da minha experiência no contacto com centenas de desempregados a resposta é sim e não.

Sim, porque de facto existem empregadores que tem um “filtro” para a idade e raramente olham sequer para uma candidatura acima de um determinado patamar.

Não, porque existem formas de ultrapassar esses filtros e conseguir criar impacto no empregador.

Vamos escalpelizar a questão um pouco.

Quando questionei empregadores sobre porque não queriam alguém de uma faixa etária, as respostas mais comuns foram:

  • Porque não tem a mesma garra e energia de um jovem
  • Porque pode ter hábitos (vícios) muito enraizados e tem resistência a aprender novas tecnologias/ferramentas/ideias
  • Porque em breve quer reformar-se

Quando os questionei sobre quais as menos-valias de contratar alguém muito jovem, responderam:

  • Falta de experiência e competência
  • Falta de sentido de responsabilidade e compromisso
  • Falta de capacidade de lidar com situações inesperadas

Da análise destas opiniões resulta que, seja-se muito jovem ou muito velho para se destacar dos restantes candidatos, há é que aliar as diferentes vantagens de um grupo etário e do outro. Isto quer dizer que, independentemente da idade, o candidato precisa de mostrar energia, disponibilidade para aprender, capacidade de resolver situações, competência, sentido de missão e compromisso, responsabilidade e flexibilidade mental.

Se quando olha para esta descrição sente que lhe falta uma ou várias, é agora o momento para as trabalhar e melhorar.

Por outro lado, lembre-se de que de nada vale tê-las, se não as mostrar. Por conseguinte, novo ou velho, terá de encontrar forma de conseguir chegar à fala com o decisor e convencê-lo de que é a pessoa certa para o cargo. Se não conseguir fazê-lo, se calhar não é.

Boa sorte.

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“Só faz falta quem cá está?”

A discussão sobre a insubstituibilidade dos colaboradores numa empresa é algo que ocupa muitos gestores há muito tempo.

Esta discussão tem dois prismas muito interessantes que iremos abordar em simultâneo, com dicas práticas para os gestores diminuírem o risco de perdas com a saída ou ausência de colaboradores, e com ferramentas para os funcionários garantirem que são sempre altamente considerados dentro das estruturas.

No caso da gestão, existem de facto momentos em que determinadas pessoas obtêm tamanha preponderância dentro da organização que a sua saída implica baixas de produtividade, possíveis negócios adiados ou perdidos e projetos estagnados.

Como minorar ou extinguir estas possibilidades de um negócio enquanto se continua a confiar e a responsabilizar os quadros da empresa é a questão que se põe.

Da minha observação, em dezenas de empresas, existem algumas práticas que dão bons resultados. Destaco aqui duas:

1- Criar uma linha de “sucessão” clara, assumida e treinada.

Em funções de liderança e em posições-chave na organização é importante saber quem ocupará determinada função se a pessoa que lá está for promovida, sair, ou se ausentar por muito tempo. Quando bem aplicada, esta medida permite criar ótimos programas de mentoring, reforçar a cultura organizacional, treinar continuamente bons recursos, dar melhores perspetivas de carreira e aumentar o fluxo de informação. Em processos bem geridos, esta medida tem gigantescos ganhos de produtividade e motivação.

2- Equipas multidisciplinares e reuniões de partilha

A criação de equipas multidisciplinares promove o “pensamento lateral” aumentando a criatividade e aumenta o fluxo de informação, assegurando que o conhecimento não repousa só em uma pessoa. As reuniões de partilha são ótimas formas de melhorar essa comunicação com pessoas externas à equipa, criando maior compromisso e envolvimento da organização.

No caso dos colaboradores, o propósito é que se tornem peças de tamanha relevância na empresa que sejam pensados para promoções e reconhecimento, ou, no caso de ciclo negativo, que a sua saída seja ponderada em último caso.

No treino, acompanhamento e coaching de carreira, algumas práticas de sucesso saltam imediatamente à vista:

1- Value Mindset

Os colaboradores mais apreciados tem na sua maioria a atitude de criação de valor, pensando e agindo na organização com o firme propósito de a sua atuação aumentar a produtividade, gerar lucro e melhorar o resultado final.

2- Melhoria continua

Já não existem profissões onde alguém se possa dar ao luxo de parar de aprender. Cada vez o mundo muda mais rapidamente e o que se espera das organizações e seus colaboradores é que acompanhem ou sejam os catalisadores dessas mudanças. Os profissionais mais valiosos serão, neste mercado, aqueles que mais conseguem perceber a tendência, estar em cima do acontecimento, sintetizar e selecionar a informação importante e agir em conformidade com ela.

Naturalmente não há formulas mágicas, sendo que estou certo que a aplicação consistente destas ferramentas irá resultar numa empresa mais saudável e bem preparada e fomentar o crescimento do número de colaboradores de excelência.

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Motivação 101

Há muito que psicólogos, filósofos, gestores, etc.  procuram respostas para o que motiva o ser humano.

Embora as correntes de pensamento sejam diversas e apresentem teorias várias, quase todas elas estão de acordo que a “procura do prazer” e a “fuga da dor” são dois fatores que ponderamos na escolha de opções ou ações a realizar (muitas vezes inconsciente).

Este é, obviamente, um tema muito rico, sendo que irei apenas explorar a vertente mais simples destes fatores, para que possamos ficar com uma perceção de como podemos lidar com este binómio.

Se aceitarmos este pressuposto de Dor vs. Prazer, então aceitaremos que todos estamos 100% motivados 100% do tempo. Pode é acontecer não estarmos motivados para o que queríamos.

Para clarificar, imagine a seguinte situação a acontecer dentro de si neste momento:

Imagine que tem dentro da sua cabeça uma balança de pratos. Num dos pratos diz “O que ganho ao estar a ler este artigo e,  O que perco se parar de o ler”, e lá estarão items como “a ‘leitura é agradável’, o ‘tema interessa-me’, ‘quero saber como isto vai acabar’, ‘não posso perder este conhecimento’. No outro diz o inverso “O que ganho em parar de ler & O que perco se continuar a ler” e tem coisas como ‘isto é chato’, ‘podia estar a ver o Big Brother VIP’, ‘o meu patrão está aqui atrás’.

Neste momento sei que está altamente motivado para ler este artigo… porque está! Ou seja, a balança está a pender mais para um dos lados. Claro que a qualquer momento a situação pode alterar-se, por diversos motivos e ficar mais motivado para ir fazer outra tarefa.

Ao percebermos o quão simples é o mecanismo, ganhamos o poder de começar a brincar com ele em nós e também em compreender melhor as ações dos outros. O que quer que um colaborador esteja a fazer é onde a sua motivação está naquele momento, pelo que para alterar comportamentos há que alterar a balança…

Em próximos artigos iremos explorar como alterar esta balança de forma eficaz e desmistificar alguns mitos que existem sobre o tema.

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Descodificando CR7… (4/4)

IV Parte: a habilidade*

Neste quarto e último ponto de análise, os investigadores pretendem estudar a habilidade do “astro” português.
O teste é levar a bola num percurso de 25 metros, onde atiradores furtivos, armados com armas laser, a tentarão atingir. O numero de atiradores aumenta conforme Ronaldo avança no campo e ele terá de utilizar toda a sua habilidade de drible e finta para impedir ser “atingido”.
Ele consegue fazer todo o percurso tendo sido a bola atingida apenas uma vez. Este resultado extraordinário é o reflexo da combinação de uma série de técnicas de controlo de bola, toques, fintas, pequenos passos e simulações que lhe permitem escapar aos tiros “inimigos”. 
 
A psicóloga desportiva Zoe Wimshurst refere como essencial para o sucesso a autoconfiança e o permanente pensamento positivo. O “firme acreditar” que vai ter sucesso e o facto da possibilidade de perder a bola “nem sequer entrar na mente” são condições críticas para a concretização deste resultado. O que o estudo do cérebro nos tem mostrado é que este tipo de pensamento não funciona como “wishful thinking” (otimismo) e sim como um condicionante do tipo de caminhos neurológicos a que estamos a aceder enquanto realizamos uma determinada tarefa. Ao acreditar que vai conseguir, Ronaldo coloca o seu sistema em modo de alerta, tornando-o mais capaz de encontrar respostas e soluções para os desafios que enfrenta.
 
Claro que a prática deliberada que CR7 desenvolve desde há muito na sua carreira é fundamental para que, mesmo numa situação nova, ele consiga este tipo de resultados. Com este conhecimento experiencial já trilhado dentro do cérebro em inúmeras situações, a busca de soluções torna-se ainda mais rápida e assertiva. É este o mecanismo que permite que ele faça fintas e dribles a uma velocidade estonteante sem que, para todas, tenha de pensar no processo em como elas se realizam.
 
Este teste reforça a ideia transmitida pelos anteriores de que a enorme mais valia de Cristiano não está nas pernas, nem lhe foi atribuída à nascença. O talento de Ronaldo é o produto de um rigor mental, uma disciplina de treino e uma capacidade de adaptação fantástica que ele escolhe aplicar ao futebol por ser apaixonado por este desporto. Estas são ótimas noticias, pois todos nós temos estas capacidades e podemos direcioná-las para nos tornarmos excecionais naquilo que amarmos fazer!

*Veja o 4º filme aqui

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Descodificando CR7… (3/4)

Hoje analiso o item “Técnica”.

Nesta parte, os cientistas, pretendem testar a técnica de Cristiano Ronaldo (CR) e começam pelos pontapé-livre.

Os livres de CR têm o triplo da eficácia da média e são reconhecidamente um enorme perigo para qualquer guarda-redes. Em poucos segundos, um simples pontapé de CR pode decidir um jogo, pode inverter um resultado, pode terminar com um sonho ou garantir uma vitória.

Os cientistas colocam sensores pelo corpo de CR, para poderem estudar como funciona um dos mais eficientes pontapés do mundo, com um gasto de energia muito baixo para a potência que consegue. O segredo para conseguir mudanças de trajetórias repentinas, efeitos de variação de pressão e enorme potência, está na forma como o pé entra em contacto com a bola e o local preciso onde a força é imprimida. Pequenas mudanças alteram a eficácia do remate, que implica uma coordenação muscular e cerebral impressionante.

Como é que CR consegue conscientemente controlar todos os músculos e movimentos enquanto se foca na baliza e na bola. Resposta: não consegue… conscientemente.

Esse grau de controlo é inconsciente (não estamos a prestar atenção a ele) e é conseguido através de prática deliberada, ancoragem e intencionalidade.

Abordemos estes itens com maior detalhe:
Durante anos CR treinou a conversão de livres e, pelas próprias palavras dele, ainda hoje treina pelo menos uma vez semana a marcação de 25-30 livres e com guarda-redes. Esta repetição e treino, transforma-se em prática deliberada porque CR treinou horas a fio com o propósito de melhoria constante, experimentando várias abordagens e incrementando melhorias para chegar ao resultado pretendido.

Esta repetição e melhoria cria uma série de “âncoras” no cérebro, ou seja, uma série de processos sequenciais que são automaticamente despoletados na conversão do livre e que controlam desde a respiração até ao ponto onde a coxa para e cria o movimento de “chicote” com o pé. Estas âncoras são as mesmas que ganhamos quando fazemos muitos pontos de embraiagem na condução ou um simples gesto de apertar de um cordão e servem para facilitar a nossa vivência e potenciar resultados. Elas permitem libertar a nossa limitada capacidade de foco para outras tarefas mais importantes. Este é um ponto fundamental, pois essa capacidade de foco é utilizada para projetar na nossa mente o resultado pretendido.

Nós conseguimos observar os segundos que precedem a marcação de um livre por CR e conseguimos quase adivinhar o que lhe vai na cabeça. Esses momentos são fundamentais e, naqueles em que ele consegue projetar mais claramente as suas intenções e aceder ao seu melhor estado emocional, o perigo para baliza adversária é muito diferente.

O que é que na tua vida já está a atingir alta performance? Como poderias aplicar este processo à tua realidade?

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Descondificando CR7… (2/4)

Vou continuar a série de artigos que iniciei aqui sobre um estudo feito a Cristiano Ronaldo. Hoje analiso o item Capacidade Mental. 

Neste item, os cientistas pretendem descobrir quanto é que o cérebro e a forma como Cristiano Ronaldo (CR) o utiliza contribuem para a sua performance dentro de campo.

É maravilhoso ver que tanto Arséne Wenger como o próprio Ronaldo de imediato falam não das capacidades espaço-matemáticas do cérebro e sim das características intangíveis da mente, no caso concreto a autoconfiança e a fortaleza de espírito.

O primeiro teste realizado pretende perceber qual o peso do seu processamento mental na execução de uma finta. Para isso ele realiza um exercício onde tem que manter a bola em sua posse enquanto um adversário procura tirar-lha. CR e o seu oponente estão equipados com um aparelho que permite ver o exato ponto para onde estão a olhar durante o desafio.

Naturalmente, CR mantém o controlo da bola durante os 8 segundos do exercício, sendo que a verdadeira descoberta está em perceber que ele olha para coisas muito diferentes do adversário. Antes de fazer a finta, CR olha para a bola, depois para as ancas, pernas e pés do adversário, depois para o espaço para onde quer que a bola vá, e a seguir executa a finta. Esta observação do corpo do oponente é critica para o seu sucesso, pois é essa leitura que lhe permite perceber qual o ponto fraco e executar o que procura.

Uma observação deste género implica que no espaço de milésimos de segundos, o cérebro de CR execute complexos cálculos sobre a velocidade, pressão no apoio, tempo de reação e tudo apenas com a observação externa de ângulos da anca e pé. 
Como devem imaginar, é impossível este cálculo ser feito com a mesma rapidez conscientemente, por isso CR utiliza a mesma capacidade que nós utilizamos ao conduzir um carro. 

Numa estrada movimentada, um condutor é capaz de num curtíssimo espaço de tempo, calcular as velocidades de carros no mesmo sentido e sentido oposto, avaliar espaços, percecionar aberturas e quase que adivinhar movimentos dos outros condutores. Esta capacidade, tal como a de CR, é explicada pela psicóloga desportiva Zoe Wimshurst como sendo resultado de anos de treino, que viram milhões de movimentos e jogadas. Estas são registados no cérebro de uma forma que inconscientemente. Quando necessitamos, conseguimos aceder a eles e utilizar essa experiência passada para “adivinhar” o futuro. 

Por que razão outros jogadores que treinam com afinco não têm a mesma capacidade? 
A resposta será sem dúvida complexa e uma mistura de várias situações, sendo que a mais importante, da minha perspetiva, relaciona-se com a “prática deliberada” que falamos no artigo passado. 

CR está permanentemente em modo aprendizagem quando treina ou joga, o que lhe permite observar todas as experiências como mais dados para ser melhor no futuro. Este modo de aprendizagem “constante” e aceitação de feedback é um dos maiores componentes do sucesso, identificado como tal por milionários e empresários como Warren Buffet ou Donald Trump.

No teste seguinte, uma bola é cruzada para CR cuja função é marcar golo.
Isto seria simples, não se desse o caso de as luzes serem desligadas durante o voo da bola e de o recinto ficar na mais completa escuridão. Como base de comparação, o teste é feito também por um futebolista amador chamado Ronald, o qual falha a sua tentativa de acertar na bola. CR, por outro lado, acerta à primeira e uma outra vez a seguir (só para ver se não tinha sido sorte). 
O processo cerebral que está a ser utilizado é o mesmo que no exercício anterior, pois Cristiano está a retirar informação do corpo do jogador que remata a bola e da trajetória da mesma, recorrendo à memoria de situações passadas e juntando essa informação com o movimento do seu corpo para marcar golo. Ronaldo consegue marcar mesmo quando a luz é desligada logo a seguir ao cruzamento, isto é, sem nunca chegar a ver a bola no ar.

Se houvesse dúvidas que o nosso cérebro é uma “máquina” fantástica, ela estaria desfeita aqui, pois sem dúvida que este é um exercício muito difícil de realizar. De referir que há mais um fator que pesa muitíssimo neste capítulo, a autoconfiança. Cristiano Ronaldo sabe que consegue fazê-lo, sabe que treina, que se esforça, que aprende, que está sempre em busca de evoluir e por isso tem confiança no seu inconsciente e aceita o cálculo que este faz. Esta capacidade de acreditar quando outros duvidam é uma das que caracteriza “génios” como Steve Jobs ou Jeff Bezos (Amazon.com).

A Programação Neurolinguística (PNL), enquanto disciplina que estuda indivíduos de sucesso e mapeia a forma como o atingem, é extremamente útil na vertente do treino mental. Através de exercícios simples e poderosos, qualquer pessoa pode efetivamente condicionar o seu cérebro como CR faz com o dele, com a vantagem de não ter que ter de começar aos 12 anos – tendo, contudo, outras condicionantes para lidar. CR é um practitioner em PNL “natural”! 😉

No próximo artigo, analiso a técnica de Ronaldo e o que com ela podemos aprender que nos ajuda no nosso sucesso diário.

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Descodificando CR7… (1/4)

Muito se fala neste início de época futebolística sobre a sua maior estrela: o português Cristiano Ronaldo.
Comenta-se a sua forma física, as suas atitudes, a sua capacidade de criar desequilíbrios, a sua força mental. Fala-se quando marca 5 num jogo e quando não marca, quando acerta e quando falha.

Há vários anos um estudo aprofundado sobre CR e suas capacidades foi feito em condições quasi laboratoriais e acredito que há ainda mais conclusões a retirar desse trabalho, as quais podem elucidar sobre a performance do mais premiado jogador luso de sempre.

O teste foi divido em quatro partes:
Força Corporal,
Capacidade Mental,
Técnica,
Habilidade, e eu irei analisar individualmente cada uma delas, procurando descodificar os elementos de treino mental e alta performance motivacional presentes.

Força Corporal (ver video aqui):
Neste capítulo do teste, Ronaldo competiu com o reconhecido sprinter Angel Rodriguez em dois testes de velocidade, um sprint de 25 metros e um zig-zag de 25 metros.
No sprint, CR ficou atrás por 3 centésimos de segundo e no zig-zag ficou à frente por quase meio segundo.
Ao estudarmos a forma de corrida e de enfrentar ambas as provas, nota-se uma técnica muito diferente entre os dois atletas, que foi forjada não só pelo muito maior nível de treino e prática consistente de cada um dos tipos, como também pela forma como o cérebro condicionou o desenvolvimento muscular de ambos ao longo do tempo.
Ao ser examinado muscularmente, vê-se que CR tem um corpo magro de um meio-fundista, as pernas longas de um sprinter e as coxas largas de um saltador. Tudo características treinadas e moldadas por anos de preparação física e pelo condicionamento mental de querer, desde criança, tornar-se o melhor do mundo. 

Quando fixamos uma ideia na nossa mente por tempo suficiente e mostramos através de ação consistente e persistente que queremos mesmo atingir essa meta a todo o custo, o nosso cérebro ajuda a moldar todas as nossas ferramentas de forma a estarmos cada vez mais próximos de o atingir. 

A isto aliam-se programas alimentares bem definidos, descanso adequado e os melhores treinadores do mundo.
Tudo isto ajuda a que Cristiano corra à velocidade de um sprinter, salte mais alto que o atleta médio na NBA e tenha menos massa gorda que uma supermodelo. 

O Cristiano é o claro exemplo (entre muitos outros) que confirma os reconhecidos estudos de Geoff Colvin e K. Anders Ericsson, que afirmam que o talento nato (se é que existe) é de somenos importância quando comparado com a prática deliberada, isto é, quando comparado com uma forma focada e deliberada de dirigir o nosso esforço e a nossa aprendizagem para a constante melhoria dos resultados. 

Falaremos mais deste tópico e como podemos utilizá-lo no dia-a-dia …nos próximos artigos.

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Falhar = BOM?!

Michael Jordan, num anúncio famoso, declarou: “Falhei mais de 9000 cestos na minha carreira… perdi quase 300 jogos… 26 vezes me confiaram a bola para marcar o cesto da vitória e não consegui. Falhei uma e outra e outra vez. Foi por isso que tive sucesso.”

No meu trabalho enquanto Trainer e Coach de Alta Performance tenho tocado muitas vezes na questão do “falhanço” e de como superá-lo. 

Da minha experiência ao trabalhar com centenas de pessoas em eventos e em sessões de coaching, ainda não conheci uma pessoa que não tivesse falhado em alguma coisa e que, no momento da derrota, não tivesse sentido alguma emoção amarga (de maior ou menor intensidade), como tristeza, desânimo, frustração ou raiva.

Ao ter o privilégio de ajudar essas pessoas, todas com os mais variados perfis, na minha preparação, apercebi-me de algo que está espalhado por dezenas de livros… A questão não é se se falha, é como se falha! Não é se se falha, é o que se faz com a informação que se obtém!

Algumas pessoas quando não conseguem chegar a uma meta, entregam-se à autocomiseração e a culpabilização do meio circundante, ficando irritados com o tempo, recursos e oportunidades que tiveram a mais ou a menos.

Outras, ao invés, culpam-se de tudo, ficando certas que são falhanços completos e que não merecem o sucesso ou felicidade.

Umas e outras acabam por desistir. Qualquer uma destas duas atitudes leva ao mesmo resultado, pois descartam qualquer aprendizagem com a situação. Tais atitudes resultarão em inércia futura ou, na melhor das hipóteses, levarão a uma repetição do processo que levou ao falhanço. Adivinhe lá o que acontece?

Obviamente, sempre que nos expomos à busca de sucesso, colocamo-nos em risco de falhar, sendo que o mais importante no final do processo é o que podemos aprender com ele para processos futuros. Seja o resultado uma fantástica vitória ou um redundante fracasso, o feedback é “o pequeno-almoço dos campeões”, pois estes sabem que, se buscarem e incorporarem aprendizagens, poderão no futuro melhorar a sua performance.

Lembre-se que tem dentro de si o maior poder do mundo: A Decisão. Decida-se a usá-lo, e neste caso, aprendendo com as “falhas”!

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